segunda-feira, 26 de março de 2012

Reflexão V – Por que insistimos tanto em caminhar com nossos próprios passos?


Reflexão V – Por que insistimos tanto em caminhar com nossos próprios passos?
(Gálatas 3:1-4)
Insensatos. É assim que Paulo começa o terceiro capítulo de sua epístola aos gálatas, chamando-os de insensatos. Em outras palavras, Paulo está chamando a Igreja de “pessoas sem senso”, o famoso “sem noção”. Uma característica que define bem a Igreja de hoje, principalmente no meio dos jovens, é a insensatez, demonstrada, em sua grande maioria das vezes, através da auto-suficiência.
A história sempre é a mesma: “Era uma vez o Fulano, o qual estava passando por problemas seríssimos em sua vida, era em sua profissão que não dava certo, seus relacionamentos nunca duravam, sua família ruía, um vazio enorme era sentido em sua alma, e ele não sabia mais o que fazer. Então, um belo dia, Fulano teve um encontro com Deus, e a partir deste dia as coisas foram mudando em sua vida. De início, o vazio em sua alma foi preenchido, aos poucos as coisas foram se acertando em sua casa, uma companheira de Deus surgiu em sua vida, profissionalmente as coisas começavam a dar certo, e finalmente a vida de Fulano parecia tomar um rumo. Vendo que tinha tudo o que queria, Fulano, para de esperar em Deus para adquirir suas coisas, e crê que tem forças o suficiente para construir sua vida sozinho.”. De uma maneira geral, essa história parece familiar, não é?
O cristão contemporâneo tem essa mania feia de buscar a Deus apenas no pouco, quando está na dor, no sofrimento, quando está precisando, mas a partir do momento que as coisas vão começando a dar certo em sua vida, ele planta uma ideia que “Eu consigo qualquer coisa sozinho” e simplesmente abandona Deus. E sabe qual o resultado no final dessa história? Fulano sempre quebra a cara. “Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?” (Gálatas 3:3) Será que é tão difícil entender que a obra que Deus começa é Ele que termina, não adianta Ele começar se nós quisermos terminar por nós mesmo, o resultado vai ser sempre o mesmo.
E o que Fulano faz depois de quebrar a cara? Volta para os braços do Pai e repete todo o processo. O mais maravilhoso é que, não importa quantas vezes façamos isso, Deus sempre nos recebe com o mesmo amor. Contudo, eu preciso acrescentar um questionamento: Tá achando que Deus é aspirina? Que só serve para tomar quando se está doente? Pensar desta forma faz parecer o sacrifício de Jesus uma grande piada. “Será que foi inútil sofrerem tantas coisas? Se é que foi inútil!” (Gálatas 3:4).
O que nos falta é perceber que não importa o quão capacitados somos (ou achamos que somos), no fim, somos falhos, propensos a erros e, inevitavelmente vamos cair, contudo Deus sempre estará lá para nos dar força e compartilhar de nossas batalhas e de nossas alegrias, por isso precisamos deixar ele conduzir nossas vidas e operar sua obra do INÍCIO ao FIM.
“Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram?” (Gálatas 3:2).

26 de março de 2012
Al Mitchu

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